Bullying pode afetar a sexualidade
- Tábata Madeira
- 17 de nov. de 2017
- 2 min de leitura
Gorda, baleia, orelhudo, bicha a lista de xingamentos só cresce. Muitas crianças já escutaram algumas dessas ofensas ou já ofenderam alguém achando que era apenas brincadeira, porém esse tipo de chacota pode ser considerado bullying.
A palavra vem do inglês bully, (valentão, brigão) e tem como definição ameaça, humilhação, intimação a outra pessoa. As consequências podem ser sérias para a saúde e o desenvolvimento social e sexual, especialmente no caso de crianças, pode ser afetado.
O sofrimento causado pelo bullying pode influenciar no crescimento da criança, física e psicologicamente, uma vez que a visão de si e do próprio corpo fica destorcida.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE) de 2013, cerca de 7,4% das crianças até 13 anos já se sentiram humilhadas de alguma forma. Isso significa que cerca de cento e uma crianças podem ter sido afetadas no seu desenvolvimento psíquico, social e físico, incluindo a sexualidade.
No vídeo a seguir, utilizamos como base a pesquisa do IBGE que contou com 109.104 crianças, com esse dado mostramos quantas crianças sofreram bullying por conta da aparência do rosto, do corpo e devido a orientação sexual.
Em 6 de novembro de 2015 foi sancionada a Lei n° 13.185, que instituiu o Programa de Combate a Intimidação Sistemática (Bullying) nas escolas, estabelecendo que o bullying é caracterizado quando a criança e ou adolescente sofre ataques físicos, insultos pessoais, comentários sistemáticos e apelidos pejorativos, expressões preconceituosas, pilhérias, isolamento social consciente, por quaisquer meios. A lei determina que as escolas identifiquem e combatam esses casos entre os estudantes.
De acordo com a psicóloga Juliana Pinheiro ela acredita que por conta da lei o bullying está camuflado, ela ainda afirma que a família tem que prestar atenção a comportamentos diferenciados de seus filhos e que muitas vezes a escola pode não perceber tanto quanto os pais.
“A escola não se vê na obrigação de observar esse tipo de coisa (bullying), claro que existem exceções, mas se fosse apostar quem perceberia primeiro uma mudança no comportamento, ainda ficaria com a família.”Juliana Pinheiro.
Chocado? Então veja a seguir os prints de uma conversa de amigos que quando crianças sofreram algum tipo de humilhação e afetou de alguma forma sua sexualidade.
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